General Custer/Cavalo Louco. Qual o melhor? Quem deve ocupar um lugar na história dos Estados Unidos?

General Custer

George Armstrong Custer, nasceu em 1839 no Ohio e morreu em 1876 (37 anos), no campo de batalha de Litlle Bighorn, Montana.

Formou-se em West Point com 23 anos de idade e foi o mais jovem general do exército da União. Combateu na Guerra da Secessão, destacando-se como um agressivo oficial de cavalaria, alcançando o posto temporário de General de Brigada, com apenas 25 anos.

Após a guerra civil, voltou ao seu posto de capitão, tendo sido promovido a tenente-coronel em 1866. Colocado no Sétimo Regimento de Cavalaria, tomou parte nas chamadas guerras indígenas.

Era oficial de comando no Forte Abraham Lincoln, no Dakota, quando o governo decidiu forçar os Sioux e os Cheyenne, que haviam abandonado a reserva Great Sioux, para viverem de acordo com
as suas ancestrais tradições, a voltarem à mesma. Sentia-se que esse regresso teria de ser forçado com um contingente militar forte e poderoso.

Cavalo Louco

Cavalo Louco, nasceu em 1840, no Dakota do Sul e morreu em 1877 (37 anos) no Forte Robinson, no Nebraska, alegadamente por tentativa de fuga, trespassado pela baioneta de um guarda. (Morte inglória para um tão Grande Índio).

Foi um respeitado índio Sioux, líder e pensador militar da tribo dos Oglala Lakota, defensor intransigente da independência do povo índio e participou nas chamadas Guerras Indígenas.

Participou em inúmeras batalhas contra as tribos rivais.

Em 1867, juntou-se a Nuvem Vermelha, para atacar o Forte Phill Kearny, depois de mineiros desrespeitarem o Tratado de Forte Laramie, que tinha sido assinado para pôr fim à guerra.

Em 1872, juntamente com Touro Sentado, realizou o primeiro grande ataque ás tropas americanas. Em 1876, juntando 1500 índios, atacou o General George Krook na Batalha de Rosebud, dando início ao que se chamou de Guerra Sioux.

A Batalha de Little Bighorn 

Batalha de Litlle Bighorn

25 de Junho de 1876. Colinas acima do Rio Little Bighorn, sudoeste de Montana. Por ordem do governo, três colunas militares do Sétimo Regimento de Cavalaria, comandadas pelo Tenente-Coronel Custer, avançam intrépidamente contra o acampamento índio, situado mais abaixo, nas margens do rio. Ali, estavam reunidos Sioux e Cheyeenes, homens, mulheres e crianças, sob o comando dos seus famosos Chefes, Touro Sentado e Cavalo Louco.

Custer, talvez na ânsia de uma vitória fácil que o iria projectar ainda mais, decidiu não esperar pelas restantes unidades que o precediam e deu ordem de ataque. Dividiu os seus 647 homens em três grupos e tomou a ofensiva contra uma das maiores forças índias até então reunidas: cerca de 2000 mil guerreiros, (estes números diferem conforme a fonte de informação) dispostos a morrer pela sua liberdade. O que aconteceu a seguir, não se sabe ao certo. Mas quer Cavalo Louco, quer Touro Sentado, já tinham decidido que preferiam a morte ao cativeiro do seu povo.

A batalha foi curta, sangrenta, selvagem e decisiva, aniquilando por completo as tropas comandadas por Custer, incluindo o próprio Custer, que lutou com grande valentia, ajudando os seus homens, segundo o que disseram guerreiros das duas tribos. Foi a maior derrota do exército americano, durante as chamas Guerras Indígenas.

As estatísticas podem ser vistas aqui.

Mas em 8 de Janeiro de 1877, Cavalo Louco empreenderia ainda uma luta maior contra a cavalaria americana em 

Cavalo Louco

Wolf Montain, Montana. Em 5 de Maio de 1877 com o seu povo cansado, doente e esfomeado, acabou por se render às tropas do General Crok, em Nebraska, acabando por morrer em Camp Robinson, como já se referiu.

Em 1947, o governo americano, construiu um monumento em honra de Cavalo Louco, situado em Custer, Dakota do Sul, no local escolhido pelo escultor e pelo seu próprio filho. O monumento, tem 170 metros de altura por 195 de comprimento e representa Cavalo Louco montado no seu cavalo.

Passados 70 anos, o governo americano decidiu e bem homenagear um dos maiores americanos de sempre. Cavalo Louco.
E em 1998, foi inaugurada a escultura abaixo, para comemorar um índio que, afinal, também era e será  sempre americano.



Quanto ao General Custer, encontra-se sepultado no Cemitério de West Point, em Nova Iorque.


 Na história dos Estados Unidos, ficarão para sempre os nomes e a obra destes dois grandes americanos, com visões diferentes da vida, das tradições, das crenças, inimigos por destino, mas que ambos procuravam o que pensavam ser o melhor para os seus povos.