Bisonte americano. O extermínio do século XVIII

Montanha de milhões de peles de bisonte para vender
Matando para comer
Caça ao bisonte
Índios usando peles de lobo para caçar
Bisontes perseguidos, caindo num penhasco
Calcula-se que existissem mais de cinquenta milhões de bisontes, espalhados um pouco por todos os Estados Unidos e Canadá, quando os primeiros colonos brancos começaram a chegar.
Estes animais poderosos e perigosos, pululavam pela pradaria, como papoilas num campo de trigo.

Vivendo em enormes manadas,
o bisonte era o símbolo máximo para os índios, que dele retiravam tudo o que precisavam para a sua vida quotidiana. Um índio, não podia viver sem bisontes por perto.

As peles, grossas e quentes, depois de curtidas e secas, serviam para fazer roupa e calçado, mantas de cama, selas para montar e até para cobrir as suas características tendas.
A carne, saborosa e suculenta, era a sua base de alimentação.
Os chifres eram utilizados para fazer armas rudimentares, e pontas de setas. Os tendões, eram utilizados para fazer as cordas dos arcos. Os cascos, eram cozidos para fazer cola. Tudo era aproveitado, incluindo os excrementos que, depois de secos, faziam um bom lume.

Estes povos, que viviam respeitando e temendo a natureza, tinham uma grande estima pelos bisontes, pois eles eram essenciais para a sua sobrevivência. Matavam apenas o necessário para viver.

Com a chegada dos colonos brancos, a construção do caminho de ferro e a presença cada vez mais numerosa da tropa dos Estados Unidos, os bisontes foram sendo fortemente dizimados.

Buffalo Bill, homem da fronteira e valoroso combatente nas guerras índias, ficou famoso exactamente pela enorme quantidade de bisontes que matou e mandou matar. Encarregado de fornecer carne quer ao exército, quer aos trabalhadores que trabalhavam na ferrovia, Buffalo Bill rapidamente se transformou num caçador profissional, reconhecido em todo o país. Só num ano, teria morto mais de cinco mil animais.

Entretanto, os bisontes eram mortos aos milhares, indiscriminadamente. Matava-se por prazer e puro divertimento, afrontando os índios, que consideravam este animal sagrado. E as técnicas de matança eram várias, incluindo encaminhar os animais para uma elevada ravina, da qual se precipitavam, morrendo ás centenas de uma só vez.

 Por volta do século XIX a raça estava praticamente em vias de extinção. Nos finais de 1860, estima-se que houvessem apenas cerca de 100 destes belos exemplares.

Percebendo a dimensão da tragédia, o governo dos EU, publicou, em 1908, a primeira lei para a compra de terrenos e preservação da espécie.

    
Carne de bisonte enlatada
Hoje, existem várias reservas nacionais e particulares, sendo as mais importantes: National Bison Range, em Montana, Parque Nacional de Yellowstone, entre outras, existindo também
criadores particulares que exploram a comercialização da sua carne, com teor mais baixo de gordura e colesterol.

Actualmente, calcula-se que existam cerca de 500.000?  bisontes americanos, que podem ser encontrados em reservas federais e em rebanhos de propriedade privada.
 Está assim garantida a continuidade desta raça, que tudo valeu e ainda vale para os índios dos EUA, que continuam a preservar e a praticar a sua cultura ancestral de respeito pela natureza, mantendo intacta a passagem para os mais novos, dos seus usos e costumes de sempre.






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